terça-feira, 13 de maio de 2014

Sonho da Copa pode virar fiasco


A revista alemã "Spiegel" dedica dez páginas ao Mundial e prevê que país do futebol pode ter protestos e tiroteios em vez de festa. Maracanã, diz a reportagem, teve a alma roubada e é exemplo de como políticos se distanciaram do povo.

A um mês da Copa, a maior e mais importante revista da Alemanha, a Der Spiegel, faz uma previsão sombria sobre o Mundial no país do futebol. Com o título "Morte e jogos", o semanário traz em sua capa uma imagem da bola oficial do torneio em chamas caindo sobre o Rio de Janeiro. Em três matérias, que juntas somam dez páginas, é apresentado um retrato dos atrasos nas obras, da insatisfação dos brasileiros com os altos custos do evento e dos prováveis embates nas ruas das cidades-sede.
"Justamente no país do futebol, a Copa do Mundo pode virar um fiasco: protestos, greves e tiroteios em vez de festa", afirma a matéria, assinada pelo jornalista alemão Jens Glüsing e que leva o título de "Gol contra do Brasil". "As notícias serão sobre protestos e greves, problemas com infraestrutura e violência", prevê.

O impacto econômico vai decepcionar?

Desde que o Brasil foi escolhido para sediar a Copa, em 2007, autoridades de Brasília têm exaltado o potencial do torneio para gerar empregos, acelerar investimentos em infraestrutura e atrair turistas com os bolsos recheados de dólares.
"O Mundial é uma oportunidade histórica para promovermos desenvolvimento socioeconômico no âmbito local e nacional", disse à BBC Brasil Joel Benin, assessor para Grandes Eventos do Ministério dos Esportes.
"Ele gerará 3,6 milhões de empregos, movimentará R$ 65 bilhões (este ano) e deixará um legado importante na área econômica".


"A Copa é, basicamente, uma grande festa. Foi um erro associar
 o torneio a obras de infraestrutura que deveriam ter sido 
feitas há muito tempo para o Brasil continuar crescendo"
Pedro Trengrouse, consultor da ONU para o Mundial e professor da Fundação Getúlio Vargas

Nas últimas semanas, porém, alguns analistas têm advertido que o torneio pode decepcionar aqueles que esperam um efeito econômico significativo – seja no curto ou no longo prazo.
Dois relatórios recentes, da agência Moody's e da consultoria Capital Economics, por exemplo, chamam a atenção para o pequeno peso em relação ao PIB dos gastos potenciais dos turistas e investimentos em infraestrutura ligados ao evento.

Rede Pau nos Ratos

Necessidade não permitida

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, esteve em Paris na última semana para a abertura da exposição de Cândido Portinari no Grand Palais, considerada como projeção artística do Brasil no exterior através de "soft power". Em entrevista de página inteira para o jornal Le Figaro, disse a ministra que a cultura "não é um luxo. Ela é uma necessidade". Só não consegue explicar é por que o setor é tão maltratado nos governos petistas, como em Maricá, onde cultura mais se refere aos shows de bundalelê nem os tais centros de cultura e esporte já serem maltratados antes mesmo da inauguração.


“O Brasil tem no governo do PT uma política de sucesso que serve de exemplo para o mundo. Certamente não foi feito tudo em 12 anos, e nem seria possível consertar em 12 anos o que não foi feito em 500 anos. De qualquer forma, eu não tenho dúvida nenhuma que os 12 anos de PT nos enchem de orgulho por tudo que foi feito nesse país” 
Lula

Pra onde vai o dinheiro

A administração pública federal bem que podia explicar por que os conselheiros das empresas públicas tiveram um crescimento de 19% nos jetons famigerados quando as principais estatais registraram queda no lucro e mesmo prejuízos nos últimos trimestres. Foram 465 pagamentos a servidores públicos federais por assentos em conselhos de administração ou fiscal, remuneração que varia, de acordo com a empresa, mas pode chegar a R$ 20 mil por mês. Com a palavra, a presidenta ex-conselheira da Petrobras. Não há melhor para explicar os exagerados aumentos públicos quando o povão se regula pelo salário mínimo.


Crime atrás de crime

A Prefeitura de Maricá, mais uma vez, como já vem se tornando rotineiro, publica um anúncio promocional de página inteira no jornal O Dia – sempre o mesmo, no qual há grande influência dos “cumpanheiros” – que custa os olhos da cara. Em país sério, o primeiro anúncio publicado já levaria para a prisão o prefeito meliante por usar dinheiro0 público para se promover em obras que são obrigação, dever e não dádiva.