sexta-feira, 25 de julho de 2014

'Emprego' para miseráveis

O “partido que mudou o Brasil” espalha por Maricá os “zeidanetes” ou “fabianetes”, os miseráveis pagos com uma quentinha, vale-transporte e R$ 50 por dia para ficarem exibindo bandeiras dos figurões candidatos. No Brasil desses, ainda se continua a explorar os mais pobres sem que lhes dê trabalho, educação, saúde, mas as migalhas das campanhas. Tudo sob a égide do vale tudo do voto 

Ladrão dá voto!


O crime virou de vez uma vaquinha eleitoreira. É mais uma área de governo que se tornou máquina para eleger, ou mesmo reeleger, os alcunhados bandidos diplomados em eleição, os políticos de conchavo e outros mais meliantes. O país, e em particular cada cidadão, fica à sanha da criminalidade - até mesmo as instituições policiais e seus integrantes - para que os políticos possam demagogicamente fazer firula, aparecer na mídia solicitando providências de segurança e outras mumunhas mais. Fazem pose de que estão providenciando o que nunca providenciaram, nem lhes interessa resolver, apenas para dar ibope na mídia e receberem a claque dos seus "soldados" correligionários, meros perus emplumados.

Todos sabem de longe que as tais medidas propostas são pirotecnia da politicanalha que impera há anos no troninho. Fingem que batalham pela segurança quando são os primeiros a usar o dinheiro público para garantir sua própria segurança. Preferem armar um exército de proteção até para evitar qualquer confronto com adversários ou encontros indesejáveis.

Essa vaquinha eleitoreira, uma das muitas implantadas nos últimos anos pelo país, foi incrementada com a falta de empenho que os desgovernos trataram e tratam o problema. Criam medidas, acenam com factóides pela mídia, falam da proteção do cidadão, mas o que mais fazem é não fazer nada. Quando muito se esforçam em casos de repercussão, e olhe lá. Mas blindam a si e aos amigos.

Esquecem esses mentores da vaquinha a falta de empenho em aplicar o máximo de esforços em liquidar de vez com as drogas. Quando o país é assolado por uma epidemia de crack - segundo país em consumo no mundo e primeiro em crack - , o que se vê é o silêncio pré-eleitoral. O problema será base da campanha para que possam render votos seguros dos incautos com os anunciados projetos mirabolantes. E a droga continuará a rolar solta, os drogados virando ladrões, quiçá assassinos, para na roda-viva manter em seus cargos aqueles mesmos que bolaram as maravilhas de combate ao crime, e não resolveram nada. Porque não é mesmo para resolver, mas só para render o continuísmo de poder.

Maricá trilha há bom tempo essa carreira criminal. A começar pela inauguração dos "atentados" eleitoreiros trombeteados em 2008. Cresceu tanto a violência na região que na grande mídia Maricá só dá as caras com destaques negativos. Ou são as matérias pagas do governo de Quaquá para anunciar suas mentiras sem pé nem cabeça – verdadeiros atentados à cidadania e à democracia -, ou os casos policiais de repercussão como a morte de turista russo, sequestro de empresário ou prisão de fugitivos de favelas cariocas. O próprio governo municipal chegou a providenciar um abaixo-assinado junto à população para pedir mais policiamento militar ao Estado, incapaz que é de gerir com os outros poderes medidas eficazes. Tudo para se eximir e jogar a batata quente para terceiros.

É assim que o povo se vê rendido ao crime, a polícia exposta ao criminoso. Tudo em bom nome da maracutaia política que assegura uma e única coisa: o sacrifício do cidadão e mesmo dos policiais imolados nas urnas.

Prêmio para Viva Rio


"Violência urbana às vezes mata mais do que guerra"

Rubem Fernandes, diretor-executivo e um dos fundadores da ONG Viva Rio, recebeu nesta quinta-feira em Wiesbaden, na Alemanha, o Prêmio da Paz de 2014 pelo reconhecimento ao trabalho da organização contra a violência e na área de desenvolvimento social.

Conclamação

“(...) Não repousemos, trabalhemos, velemos sobre nós e sobre os outros, entreguemo-nos por inteiro à probidade, prodigalizemo-nos para a justiça, arruinemo-nos pela verdade, sem contar o que perdemos, porquanto o que perdemos o ganhamos. Nada de frouxidão. Façamos segundo as nossas forças e além de nossa forças. Onde existe um dever? Onde existe uma luta? Onde há um exílio? Onde há uma dor? Corramos para aí”

Victor Hugo (1802-1885) em "Pós-escrito de minha vida"